domingo, 17 de fevereiro de 2008

Congadas

O principal evento envolvendo a apresentação das Congadas é a Festa do Ciclo Natalino, com início no dia 25 de dezembro com o levantamento dos mastros de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, que acontece em frente à igreja que leva o mesmo nome e que foi construída pelos escravos. No dia 26 acontecia a Cavalhada, hoje desvinculada ao Ciclo Natalino e sem o caráter religioso de outros tempos. No dia 27 é o dia de Nossa Senhora do Rosário, quando é iniciada a alvorada às 6 horas da manhã, seguida de missas e procissões durante todo o dia. Dia 28 acontece a comemoração em homenagem à São Benedito – santo de maior devoção de todos os ternos de Congadas – , começando também com a alvorada no início do dia, missas e procissões, e terminando com uma queima de fogos e o reinado de São Benedito. Finalizando a festa, no dia 6 de janeiro – ou no domingo mais proximo quando se dá a descida do mastro.
Existem variantes desta festa,
mas no interior de minas ,as pessoas fazem promessas aos seus santos de devoção, e durante todos os dias da festa ve-se por toda a
cidade "ternos de congo" levando homens mulheres
e crianças vestidos de "rei ou rainha congo"
até a igreja para que sejam cumpridas as promessas.
Um pouco de história
Muito resumidamente, tem-se que a congada é de origem africana e é uma manifestação popular, tida hoje como folclórica, composta de música, encenação, dança e versos declamados improvisadamente. Foi usada pelos padres jesuítas na catequisação do negro escravo, daí estar presente na congada tantos elementos religiosos.Pelo empenho dos padres da Companhia de Jesus, essa prática, que fazia parte dos rituais pagãos africanos, transformou-se em uma manifestação religiosa. Foram introduzidos elementos europeus da tradição medieval católica. Daí que a congada é representada sempre com dois grupos que simbolizam os guerreiros cristãos e os guerreiros mouros. As congadas são realizadas mais comumente na ocasião da festa de São Benedito, mas encontra-se também congadas nas festas de Santa Efigênia e de Nossa Senhora do Rosário. Foi o zelo dos padres jesuítas pela conversão e salvação das almas dos negros africanos que fez com que a congada se incorporasse às tantas festas religiosas existentes no Brasil colonial.

Um comentário:

Arquitetura & Biologia da Construção disse...

Gostei de sua atitude, parabéns pela sensíbilidade ambienal